domingo, 16 de janeiro de 2011

Os Gloriosos Presidentes

José Rosa Rodrigues 1904-1905
Sendo o mais velho dos irmãos Catataus, foi um dos fundadores do Sport Lisboa em 28 de Fevereiro de 1904, juntamente com António e Cândido, seus irmãos, Daniel dos Santos Brito, Eduardo Corga, Henrique Teixeira, Carlos França, Abílio Meireles, Amadeu Rocha, Manuel Gourlade e outros.
A reunião da fundação teve lugar na Farmácia Franco e o presidente foi escolhido por acordo dos presentes. José Rosa Rodrigues já presidia ao Grupo dos Catataus, que se aliou a ex-alunos di Real Casa Pia. O referido grupo tinha, como vimos, a designação de "Football Club", com papel timbrado que o Sport Lisboa utilizou nos primeiros tempos. O primeiro presidente fez parte da equipa de futebol que realizou o primeiro jogo em 1 de Janeiro de 1905 contra o Campo de Ourique no Campo das Salésias, sendo treinador Manuel Gourlade. José Rosa Rodrigues é, por isso, uma das figuras históricas do futebol português devido à sua acção empreendedora, desde muito novo.

Dr. Januário Barreto 1906
Em 1898 era futebolista do Casa Pia, tendo sido posteriormente árbitro de futebol. Os jornais da época referiram o presidente do Sport Lisboa e Benfica como pessoa de grande talento, de amor ao desporto e de elevadas qualidades morais. Segundo o jornal "O Sport Nacional", foi mesmo uma figura inconfundível no panorama desportivo nacional.
Foi eleito em 22 de Novembro de 1906 e do seu elenco faziam parte Manuel Gourlade, como primeiro secretário, Daniel dos Santos Brito, tesoureiro, sendo à altura capitães da 1ª categoria Fortunato Levy e da 2ª Félix Bermudes.
Dirigiu ainda a Liga Portuguesa de Futebol, falecendo em 23 de Junho de 1910. A Associação de Futebol de Lisboa criou um prémio anual com o seu nome, destinado ao jogador do Casa Pia que se distinguisse simultaneamente como atleta e como estudante. O primeiro destes prémios foi atribuído a Cândido Oliveira, em 1914, que viria a ser futebolista encarnado.


Luís Carlos de Faria Leal 1906-1908
Foi um dos fundadores do Sport Lisboa e Benfica, sendo uma figura muito representativa na sua época. Presidiu às gerências de 1906 a 1908 e à Comissão Desportiva, nesses anos, exercendo a função de delegado na Liga de Futebol.
Foi o organizador dos Torneios Atléticos em Benfica. A sua Segunda eleição para presidente da Direcção teve lugar em 15 de Setembro de 1907, ao lado de António Freire Sobral, que ficou a presidir à Assembleia Geral.
Em 1921 foi eleito primeiro-secretário da Direcção e em 1915 viu-se obrigado a interromper a sua actividade no clube, devido a ter sido integrado como oficial no Exército no Corpo Expedicionário ao Sul de Angola.

João José Pires 1908-1910

Foi eleito para a época de 1908-1909. Interveio activamente nas reuniões em que foi aprovada a união do Grupo Sport Benfica com o Sport Lisboa em 13 de Setembro de 1908. Por vezes, punha à disposição do clube uma dependência dum prédio que possuía na Estrada de Benfica, para a realização de confraternizações e festas benfiquistas.


Alfredo Alexandre Luís da Silva 1910-1911
Ocupou a presidência da Direcção na gerência de 1910-1911, quando na anterior tinha sido vice-presidente. Fundou em 1916 o Sport Lisboa e Faro, a primeira filial encarnada, e também a sucursal de Benfica, sita na Avenida Gomes Pereira nº 322 que passou a designar-se por Desportos de Benfica, com início em 16 de Fevereiro de 1913. Tomou posse do cargo de presidente da Assembleia Geral em 24 de Agosto de 1914, após eleições realizadas em 13 de Agosto desse ano.

António Nunes de Almeida Guimarães 1911
Eleito em 26 de Março de 1911, tomou posse em 2 de Abril seguinte e pediu a exoneração em Julho desse ano.

José Eduardo Moreira Sales 1912

Foi eleito em 31 de Março de 1912, tendo tomado posse do cargo em 10 de Abril seguinte.

Dr. Alberto Lima 1913-1915
Foi eleito em 9 de Julho de 1911 vice-presidente e presidente em 5 de Dezembro de 1913. Tornou-se presidente novamente, em 13 de Agosto de 1914. Na gerência de 1915-1916 foi vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, tendo anteriormente ocupado o lugar de director do jornal "Sport Lisboa".
Faleceu muito novo, o que representou uma grande perda para o clube, já que era uma pessoa de grande aprumo, espírito justo e isento. Por isso o jornalista Norberto Araújo o aplaudiu através de um artigo publicado no jornal "O Benfica" de 30 de Novembro de 1946. Foi um verdadeiro símbolo de dedicação e de amor ao clube. Em 1913 acompanhou a selecção de futebol da Associação de Lisboa ao Brasil, pagando a viagem do seu bolso. Foi o principal responsável pelos melhoramentos executados no Campo de Sete Rios em 1915.


Dr. José Antunes dos Santos Júnior 1915-1916
Foi eleito em 29 de Agosto de 1915, tomando posse em 9 de Setembro seguinte. Anteriormente tinha sido vice-presidente da Assembleia Geral em 1913-1914 e 1914-1915.

Félix Bermudes 1916-1917/ 1930-1931/ 1945

Um dos símbolos do clube e dos melhores presidentes de sempre. Financiou-o por várias vezes, sobretudo quando da deserção de alguns futebolistas para outros clubes e quando o Benfica ainda não tinha campo de futebol. Em 1907 promoveu uma subscrição pública a favor do clube, que rendeu 27000 réis, uma pequena fortuna para a época, tendo neste evento sido ajudado por Manuel Gourlade, o primeiro a Ter esta iniciativa. Foi atleta do clube de 1905 a 1917, praticando futebol, ciclismo e lawn-tennis. Em 18 de Fevereiro de 1909 foi eleito vogal da Direcção, presidindo à mesma a partir de 15 de Julho de 1916. Participou na fusão com os "Desportos de Benfica". Reeleito em 1917 e em 1930-31, não chegou a tomar posse neste mandato.
Em 18 de Janeiro de 1945 foram-lhe concedidos os galardões de Sócio Benemérito e de Sócio de Mérito. Entre 1952 e 1954 fez parte da Comissão de Honra para o Novo Parque de Jogos. Foi um dos fundadores do clube com o nº 5, proposto pelo sócio nº 4, Luís Carlos Faria Leal. Viria a falecer a 5 de Janeiro de 1960.

Dr. Nuno Freire Themudo 1916-1917

Eleito em 7 de Outubro de 1916, tomou posse em 12 de Outubro seguinte. Em 1919, em nome de uma filha menor, moveu uma acção de despejo ao Sport Lisboa e Benfica. Tal acção deixou-lhe uma imagem negativa, visto o clube Ter estado sujeito a perder todas as instalações, o que felizmente a justiça achou bem que não acontecesse.



Bento Mântua 1917-1926
Foi um dos presidentes que mais gerências ocupou, nove e sucessivas de 1917 a 1926. Procedeu à inauguração do Campo de Benfica em 11 de Novembro de 1917. Ilustre dramaturgo, distinguiu-se nos melhoramentos junto à sede da Avenida Gomes Pereira, tendo também desenvolvido a patinagem e o hóquei em patins. Foi aliás o principal incentivador do 1º Campeonato de Hóquei em Patins, oferecendo alguns dos prémios em disputa. Organizou também o Torneio Anual de Atletismo Interclubes, único a efectuar-se durante a Grande Guerra. Foi ele que iniciou as obras do Estádio das Amoreiras, tendo pago integralmente algumas dívidas do clube com o seu dinheiro.


Engº Alberto Silveira Ávila de Melo 1926-1930
Foi eleito em 25 de Agosto de 1926 em substituição de Cosme Damião. Anteriormente tinha sido presidente do Conselho Fiscal na gerência de 1915-1916 e suplente da Direcção, em 1916-17. Reeleito em 25 de Julho de 1928, presidiu ao 25º Aniversário do Sport Lisboa e Benfica em 1929 e à Direcção até 1930.


Manuel da Conceição Afonso 1931-1932/ 1936-1938/ 1946
Era encadernador de profissão e foi um dos grandes presidentes do clube, tendo sido eleito para o cargo em 15 de Agosto de 1930, 6 de Setembro de 1931, 7 de Agosto de 1932, 3 de Novembro de 1936, 25 de Julho de 1937 e 19 de Janeiro de 1946. Foi um dos sócios que mais participou na vida da colectividade. Em 1926, 1927 e 1928 foi vice-presidente da Assembleia Geral; e, 1927 ocupou lugar na Comissão dos Estatutos e Regulamento, tal como nos dois anos seguintes. Anteriormente, em 1925, representou o clube na Federação Portuguesa de Hóquei. Em 1929 foi vogal da Direcção da Associação de Futebol de Lisboa e fez parte da Comissão das Festas das Bodas de Prata do clube, da qual viria a pedir a demissão.
Entre 1927 e 1930 fez parte de diversas associações desportivas em representação de SLB, tendo sido galardoado com a medalha de 1ª classe "Águia de Ouro" em 20 de Agosto de 1933. Entretanto, em 27 de julho de 1930, desempenhou o cargo de vice-presidente da Direcção e em 1936 fez parte da Comissão de Iniciativas e Propaganda. Em 1940 foi eleito presidente da Direcção da Associação de Futebol de Lisboa, tal como em 1941. No ano seguinte foi vice-presidente da Assembleia Geral da mesma e em 1943 seu presidente. Em 1951 voltou ao clube, fazendo parte do Conselho Consultivo e Jurisdicional. Depois fez parte da Comissão de Honra do Novo Parque de Jogos até 1954, para passar em 29 de Novembro de 1958 a membro da Assembleia de Representantes, findando a sua participação benfiquista em 1959 na Comissão de Concessão de Distinções Honoríficas. Faleceu a 23 de Maio de 1966, depois de dedicar quase toda a vida ao seu clube de sempre.

Vasco Rosa Ribeiro 1933-1936
Foi eleito para o cargo em 20 de Agosto de 1933 e em 4 de Setembro de 1934, exercendo as funções até1936. Era o delegado da Direcção à Comissão Pró-Piscina em 1934 e de 1952 a 1954 fez parte da Comissão de Honra para o Novo Parque de Jogos. Na gerência de 1934 teve a seu lado, como presidente da Assembleia Geral, Cosme Damião. Vasco Ribeiro teve um papel preponderante na expansão do basquetebol do clube. Anteriormente tinha sido presidente do Ateneu Comercial de Lisboa.

Capitão Júlio Ribeiro da Costa 1938-1939

Exerceu o cargo de vice-presidente da Assembleia Geral do Clube em 1935-1938, tendo sido eleito presidente da Direcção em 1938. Tinha integrado os corpos gerentes que presidiram à parada atlética nas festas do 32º aniversário do Benfica, que teve lugar em 19 de Abril de 1936. Antigo Futebolista do Liceu Pedro Nunes, transferiu-se para o Benfica, onde actuou em diversas equipas de futebol. No diferendo com o FC do Porto, em 1938-1939, defendeu intransigentemente o SL e Benfica. Em6 de Maio de 1940 presidiu à Assembleia Geral realizada para resolver a passagem das Amoreiras para o Campo Grande. Ficou para sempre ligado à suspensão dos corpos gerentes em 1944, devido a um golo invalidado ao clube no desafio contra o Belenenses, apontado por Rogério, e que nos daria o empate. Na altura era secretário-geral da Direcção, tendo sido castigado pela Federação Portuguesa de Futebol. Face à flagrante injustiça, que teria algo de político pelo meio, à excepção do tesoureiro, Dr. Vicente de Melo, toda a Direcção se solidarizou com ele, acabando todos os seus membros por serem punidos com três meses de suspensão. Aos 94 anos de idade era o sócio nº 1, tendo sido agraciado com o anel de platina, tal como o sócio nº 2, Rogério Jonet, pelos 75 anos de associados, constituindo autênticas lendas vivas. Ao longo dos anos foi alvo de significativas homenagens. Distinguem-se a do Chelas Futebol Clube e a do Sport Clube Sacavenense, que o consagrou seu "Sócio Honorário".
Devido ao seu grande amor ao clube, ocupou, desde 1914 a 1962, além dos cargos já referidos, o de segundo-secretário da Assembleia Geral, vogal da Direcção, suplente da Direcção, vice-presidente da Direcção, membro da Comissão de Iniciativas e Propaganda, da Comissão de Ginástica, da Comissão de Honra do Novo Parque de Jogos, da Comissão de Concessão de Distinções Honoríficas, da Comissão Jurisdicional Síndica, razões pelas quais a Assembleia Geral de 10 de Abril de 1962 o distinguiu com o galardão de "Águia de Prata". Em 1930-31 foi eleito presidente de Assembleia Geral da Associação de Hóquei em Patins. Faleceu em 1992.

Dr. Augusto da Fonseca Júnior 1939-1944

Médico da Marinha de Guerra, na época de 1914-1915 foi transferido da Associação Académica de Faro para a 1ª categoria de futebol do SLB.
Foi eleito vice-presidente da Direcção em 1934. Em 1937 e 1938 presidiu à Assembleia Geral, pertencendo também à Comissão de Iniciativa e Propaganda, ao Conselho Consultivo e Jurisdicional, à Comissão de Honra do Novo Parque de Jogos, à Assembleia dos Representantes e à Comissão de Concessão de Distinções Honoríficas.
Exerceu o cargo de presidente da Direcção de 29 de Julho de 1939 a 1944. Coube-lhe solucionar o problema do fim do Campo das Amoreiras. Em 1933-34 presidiu à Direcção da Associação de Futebol de Lisboa.

António Afonso da Costa e Sousa 1945-1946


Presidiu à Direcção de 1945 a Janeiro de 1946 interinamente. Durante a sua gerência o clube negociou a aquisição da sede da Avenida Gomes Pereira, iniciando-se um movimento no sentido de ser construído um novo estádio de futebol.
Brig. João Tamagnini de Sousa Barbosa 1947-1948

Eleito presidente da Mesa da Assembleia Geral para os anos de 1946/47, presidiu à Direcção imediatamente a seguir, vindo a falecer em 15 de Dezembro de 1948.

Dr. Mário Lampreia de Gusmão Madeira 1949-1951
Funcionário do Governo Civil de Lisboa, foi eleito presidente da Direcção em 29 de Janeiro de 1949, em 4 de Fevereiro de 1950 e em 3 de Março de 1951. Pertenceu ás Comissões Pró-Campo, da Elaboração de Planos, da Angariação de Fundos para o Novo Parque de Jogos e à Comissão de Honra do Novo Parque de Jogos. Como atleta, havia representado o clube na modalidade de pesca desportiva.

Joaquim Ferreira Bogalho 1952-1956
Considerado por muitos benfiquistas o maior presidente de sempre, pela vontade e fé com que desenvolveu o seu trabalho ao longo de várias décadas ao serviço do Benfica, merece sem dúvida um lugar de destaque. De forte personalidade, presidiu aos destinos do clube pela primeira vez em 15 de Março de 1952. Foi sucessivamente reeleito em 31 de Janeiro de 1953, em 30 de Janeiro de 1955 e finalmente em 18 de Fevereiro de 1956.
Entrou para sócio em 1914 com o nº 801 e quando faleceu em 1 de Outubro de 1977 era o nº 44. Durante esse espaço de tempo foi vice-secretário da Direcção entre 1926 e 1928, delegado da Direcção junto da Comissão da Secretaria, pertenceu à Comissão do Futebol em 1928 e1929 e fez parte da Comissão do 25º Aniversário do clube. Em 1931 era o tesoureiro e em 1933 delegado da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. De espírito empreendedor e insatisfeito, de todos estes lugares pediu sempre a demissão antes do fim dos mandatos, por discordar das orientações seguidas. Tal não aconteceu com o cargo de director-suplente do campo, que exerceu e, 1936 e 1937. A partir daí a demissão foi palavra que ele próprio baniu da sua vida associativa. Em 7 de Agosto de 1932 e em 1938, ocupou o lugar de tesoureiro da Direcção.
Em 31 de Agosto de 1940 presidiu ao Conselho Fiscal, tendo anteriormente feito parte da Comissão dos Estatutos e Regulamentos. Foi novamente delegado da Direcção junto da Comissão da Secretaria e da Comissão de Festas do 28º Aniversário, em 1931/32. Em representação do clube fez parte da Divisão de Honra da A.F. Lisboa de 1931 a 1933, embora neste último ano como suplente. Em 1937 e 1938 foi novamente suplente do director de campo; em 1947 foi nomeado para a Comissão Revisora dos Estatutos e Regulamento Geral, Lugar do qual não tomou posse; em Março de 1947 encontrava-se na secção de futebol, que teve de abandonar por razões pessoais.
De 1948 a1951 foi efectivo no Conselho Consultivo e Jurisdicional do clube. Fez parte do grupo que elaborou o plano para angariação de fundos do novo campo em 1949 e dois anos depois era relator do Conselho Fiscal. Presidiu em 1952 à Comissão para a Construção do Novo Parque de Jogos e um ano depois presidiu também à Comissão da Elaboração do Programa das Festas das Bodas de Oiro do SL e Benfica. Em 1955 pertenceu à Comissão de Angariação de Fundos para a Construção da Piscina.
Como obra mais marcante, deixou para a posteridade a construção do estádio do Sport Lisboa e Benfica. Os sócios atribuíram-lhe em 31 de Julho de 1938 a "Águia de Ouro", na sequência do galardão de "Sócio Honorário" do Sport Lisboa e Benfica. Foi, sem dúvida alguma, um dos presidentes do clube mais importantes no historial benfiquista.

Engº Maurício Vieira de Brito 1957-1961
O seu nome ficará para sempre ligado ao 3º anel do estádio e ás torres de iluminação, que foram construídas e inauguradas sob a sua gerência, assim como à conquista da primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus de Futebol, facto que projectou o clube para o plano internacional.
Foi eleito presidente da Direcção em 30 de Março de 1957, 5 de Abril de 1958, 23 de Maio de 1959, 30 de Abril de 1960 e finalmente em 29 de Abril de 1961. Pertenceu também à Comissão de Construção do Novo Parque de Jogos. Pelo seu empenhamento no melhoramento das instalações, contribuindo materialmente para o efeito, o clube concedeu-lhe em 22 de Março de 1958 o galardão de "Sócio Benemérito" e em 29 de Novembro seguinte o de "Águia de Ouro", pelo brilhante trabalho encetado durante os seus mandatos.

Dr. António Carlos Cabral Fezas Vital 1962-1963
Eleito presidente da Direcção em 31 de Março de 1962, foi na sua gerência que o clube conquistou pela segunda vez consecutiva a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Futebol, para além das vitórias da Taça da Imprensa e no Troféu Ramon Carranza, tendo este sido pela primeira vez conquistado por um clube estrangeiro. A sua gerência ficou assim marcada pelo lançamento definitivo do futebol benfiquista a nível mundial, enquanto no campeonato dessa época se conquistavam 48 pontos, num máximo de 52. A este feito deverá ligar-se também o nome de Manuel da Luz Afonso. Também um ponto importante durante o tempo da sua gerência foram as negociações com a Câmara Municipal de Lisboa para a cedência definitiva de terrenos onde se insere a cidade desportiva, pelos quais o Dr. Fezas Vital muito se bateu.
Foi director do jornal do clube em 1936. Pertenceu também à Comissão para a Atribuição de Galardões, de que fizeram parte Justino Pinheiro Machado, Germano Campos, Manuel da Luz Afonso, Dr, Romero Reis, Armando de Barros Teixeira e Francisco Campas, cabendo-lhe a honra de atribuir a "Águia de Ouro" a Eusébio. O pavilhão nº 1 nos baixos do terceiro anel foi construído ainda durante a sua gerência, que teve um saldo positivo de 5200 contos, o que nunca outro clube tinha conseguido até então.
De resto, em 1957, foi 1º vogal da Direcção, pertenceu à Assembleia de Representantes e foi vice-presidente da Comissão de Propaganda e Acção Social. Em 1961 era vice-presidente da Direcção tendo também feito parte da Comissão da Sede, enquanto em 1983 e 1984 pertenceu à Comissão Eleitoral. Presidiu à Comissão Central nas gerências de João Santos. Com justiça, foi-lhe atribuído o galardão de "Sócio de Mérito" e em Junho de 1984 a "Águia de Prata" por tudo o que fez em prol do clube.

Adolfo Vieira de Brito 1964/ 1967-1968

Natural de Angola, entrou para sócio do clube em 1936 com 19 anos de idade. Ao falecer em 3 de Agosto de 1985, era o sócio nº 755. Foi eleito presidente em 26 de Março de 1964 e três anos depois, em 3 de Julho de 1967. Presidiu à Comissão Técnica de Obras de 1964, tendo dirigido interinamente o jornal do clube nesse mesmo ano.
Em Fevereiro de 1965 fez a doação de um imóvel ao Sport Lisboa e Benfica com vista à construção de um Centro de Estágio, nos arredores de Lisboa, pelo que a Assembleia Geral concedeu-lhe o título de "Sócio Benemérito", em 22 de Maio de 1969. Anteriormente, já tinha sido agraciado pela Direcção com a "Medalha de Mérito Social e Desportivo" em 18 de Maio de 1965, tendo-lhe sido atribuído em 23 de Agosto desse ano o título de "Águia de Ouro".

Dr. António Catarino Duarte 1965

Advogado de profissão e natural de Alpiarça, era o sócio nº 73 quando faleceu em 20 de Outubro de 1978, já então sócio vitalício, tendo iniciado a sua vida benfiquista em 1921. Em 1962 pertenceu à Assembleia de Representantes, onde se manteve até 1964. Foi eleito presidente da Direcção em 28 de Maio de 1965 e presidente da Comissão de Construção do Novo Parque de Jogos em 1967 e 1968, ao mesmo tempo que era editor do jornal "Benfica". Em 3 de Junho de 1966, reconhecendo-se os seus serviços ao clube, foi-lhe atribuída a categoria de "Sócio Benemérito".

José Ferreira Queimado 1966/ 1977-1980
Natural de Olhalvo, onde Nasceu na antevéspera do Natal de 1913, aos 12 anos já era sócio do Clube, tendo sido proposto pelo seu irmão, Joaquim Ferreira Queimado Júnior. Sócio vitalício com o nº 261, é um dos "Águias de Ouro" do Clube. Fez parte da Assembleia de Representantes em 1958-1959 e presidiu à Comissão Central em 1965. Em 16 de Junho de 1966, foi eleito presidente da Direcção e da Comissão de Obras do Novo Parque de Jogos.
Em 1973, fez parte da Comissão da Sede, lugar que ocupou até 1977. Foi novamente eleito presidente da Direcção em 23 de Junho de 1978, tendo-se mantido no lugar até 1980. Na sua gerência, iniciou-se a construção do Pavilhão "Dr. Borges Coutinho". Pelos serviços prestados ao Clube, foi-lhe atribuído, em 2 de Abril de 1970, a categoria de "Sócio de Mérito".

Dr. Duarte António Borges Coutinho 1969-1976

Sócio do clube desde 1959 e posteriormente "Vitalício", era um homem extremamente educado, tendo mesmo sido considerado por alguns como um verdadeiro "gentleman". De excelente trato social, representou como ninguém o clube junto das mais altas instâncias sociais, políticas e desportivas, em Portugal e no mundo. Proposto pelo sócio Francisco Mata, desempenhou em 1964 um cargo na Direcção dos Assuntos Administrativos e Instalações Sociais. Foi também administrador do jornal e vice-presidente da Comissão Central.
Em 12 de Abril de 1969 os sócios elegeram-no presidente da Direcção, o que voltou a acontecer em 3 de Julho de 1971, 31 de Março de 1973 e 24 de Junho de 1975. Em 1973-1974 pertenceu à Comissão da Sede, tal como em 1975-1976. A "Águia de Ouro" foi-lhe atribuída através de proposta aprovada na Assembleia Geral de 14 de Março de 1973, pelos relevantes serviços prestados ao clube.

Fernando Martins 1981-1987

Nascido a 25 de Janeiro de 1917, em Paúl, Alenquer, foi proposto pelo sócio Alberto Cardoso, sendo actualmente um dos sócios mais antigos do clube. A sua Direcção procedeu ao fecho do terceiro anel e ao acabamento do pavilhão polidesportivo Dr. Borges Coutinho. Durante as suas gerências também a iluminação do estádio de futebol foi bastante melhorada, passando a ser considerada como uma das melhores do mundo. Coube-lhe desencadear variadas deligências junto da Câmara Municipal de Lisboa, com vista a equipar o clube com melhores estruturas e maiores espaços.
Ás suas gerências se fica a dever o relançamento da Cidade Desportiva do clube. Em 1965 ocupava as funções de suplente no Conselho Fiscal e em 1967-1968 aparece a presidir à Comissão de Obras do Novo Parque de Jogos, função que desempenhou com grande zelo. Foi eleito presidente da Direcção, sucessivamente, desde 29 de Maio de 1981 até ao biénio de 1985-1986. Antes de terminar este último mandato, a Assembleia Geral de 16 de Março de 1984 elegeu-o como "Águia de Ouro". É considerado um dos grandes presidentes, pela obra e resultados desportivos deixados, tal como o equilíbrio financeiro na gestão do clube.

João Maria dos Santos Júnior 1987-1992

Nascido em Lisboa em 3 de Dezembro de 1914, desde a juventude que começou a acompanhar o clube. Aos 19 anos era atleta da Associação Naval de Lisboa, onde praticava a disciplina de remo. Foi campeão nacional nas modalidades de "Out-Riggers" e "Skiff" em 1939. Prosseguiu a sua carreira amadora como treinador vindo posteriormente a fazer parte da Direcção da Secção de Remo da mesma Associação. Foi ainda seu presidente e tesoureiro.
Fez também parte da Direcção da Federação Portuguesa de Remo, tendo em 1987 e 1988 sido eleito para o cargo da presidência do Conselho Executivo da Associação Naval de Lisboa, de que foi o presidente da Mesa da Assembleia Geral. Subiu à presidência da Direcção do Sport Lisboa e Benfica em 3 de Abril de 1987. As suas gerências ficaram ligadas à Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, que o Benfica disputou em 1988 na cidade de Estugarda, e ao projecto das novas urbanizações junto à cidade desportiva, da autoria do arquitecto Tomás Taveira que não teve consequência. No entanto, durante as mesmas não viria a deixar qualquer obra de relevo.
Acusado de falta de liderança, foi a partir do seu segundo mandato que a gestão do clube iniciou um percurso negativo, reflectindo-se mais tarde no período em que Jorge de Brito esteve à frente do SLB. Não se estranhou por isso que uma proposta para que lhe fosse atribuída a "Águia de Ouro" não tivesse sido aprovada em Assembleia Geral, caso único da História do Clube.

Jorge Artur Rego de Brito 1992-1994

Com o número 470 de associado, Jorge de Brito entrou no S.L.B. pela mão de seu pai, conhecido benfiquista na época. Nasceu em Queluz e entrou para sócio a 1 de Abril de 1935. Durante a gerência do Dr. Duarte Borges Coutinho ofereceu a pista de tartan para a prática de atletismo. A Assembleia Geral de sócios de 14 de Dezembro de 1973 consagrou-o como "Águia de Ouro" do Sport Lisboa e Benfica.
Foi eleito Vice-Presidente da Direcção para a área do Desporto para o biénio de 1989/91. Em 1992 foi eleito Presidente da Direcção por 63% dos sócios, cargo que deixou de desempenhar em Dezembro de 1993, após uma gerência considerada economicamente desastrosa pelos sócios e com bastante mágoa destes que sempre o acarinharam.

Manuel Damásio Soares Garcia 1994-1997

Sócio nº 5154 e quase há quarenta anos, nasceu em Lisboa a 9 de Julho de 1940. Fez parte da lista de Fernando Martins quando este competiu com João Santos. Assinante do jornal "O Benfica" desde o seu início, foi acompanhando ao longo dos anos a evolução do clube, tanto em Portugal como no estrangeiro. Desde pequeno que sempre se sentiu benfiquista, já que na infância frequentava a casa do sócio nº 1502, Carlos Vidinha, do qual foi companheiro na instrução primária. Nessa altura as equipas de futebol também por lá passavam, o que influenciou a sua opção clubista.
Em 7 de Janeiro de 1994 foi eleito o 30º Presidente da Direcção do SLB, ano em que o clube conquistou o 30º Campeonato Nacional. Com 87% dos votos em relação ao seu opositor e amigo José Capristano, iniciou desde logo uma campanha de angariação de sócios, passando o clube de 83 000 para cerca de 150 000. Com um passivo enorme, deu o seu aval pessoal à resolução de muitos problemas financeiros, conseguindo recuperar o crédito bancário para o Benfica. Com a sua entrada, foi significativo também o incremento das Casas do Benfica, que começaram a surgir ainda mais por todo o país.
Casado com a excelente benfiquista, D. Margarida Prieto, também esta o ajudou na recuperação e elevação do SLB. Na sua gerência negociou o patrocínio com a Parmalat, do qual vieram grandes benefícios. Implementou uma transformação no Departamento de Futebol do clube com a ajuda do Engº Abílio Rodrigues e de José Gaspar Ramos. Deu grande incremento à evolução das instalações sociais e desportivas, tendo-se rodeado de directores que passaram a trabalhar quase a tempo inteiro para o Benfica. Tais medidas tiveram grande influência na recuperação e imagem do SLB, as quais se encontravam desgastadas desde as duas gerências anteriores.

Dr. João A. de Araújo Vale e Azevedo 1997-2000

Sócio nº 13.001, 40 anos, Senior partner e fundador da Sociedade de Advogados Vale e Azevedo & Associados, sociedade com escritórios em Lisboa, Genéve, Luxemburgo, Paris e Londres. Membro da Ordem dos Advogados Portugueses, da International Bar Association, da Union Européenne des Avocats, da Association Internationale des Jeunes Avocats, da International Jurists (sociedades de advogados de cada um dos 15 países da EU e dos EUA).
Membro da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa, Câmara de Comércio e Indústria Luso-Belga-Luxemburguesa, Câmara de Comércio Luso-Venezuelana, Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, Câmara de Comércio Espanhola, Câmara de Comércio Americana, Câmara de Comércio Luso-Britânica. Exerceu as funções de presidente do Sport Lisboa e Benfica entre 1997 e 2000.

Dr. Manuel Lino Rodrigues Vilarinho 2000-2003

O 32.º presidente do Sport Lisboa e Benfica ficará para a história do Clube como aquele que inaugurou a “Nova Catedral”. Foi também sob a sua liderança que o Benfica voltou a ter a credibilidade e a imagem que havia perdido. Manuel Vilarinho, 55 anos, sócio 1922, já tinha estado no Benfica, nomeadamente nos mandatos de João Santos e Manuel Damásio.
Quando a 28 de Outubro de 2000 a Lista B arrecadou 62 por cento dos votos (159.331 votos), na Assembleia Geral eleitoral mais concorrida de sempre (21.804 sócios votantes), nada faria prever a “batalha” que Vilarinho teria de enfrentar nos três anos seguintes. Diversos problemas financeiros, dívidas ao Fisco e à Segurança Social foram só alguns dos “casos” que a sua Direcção teve de resolver.
Poucos meses após a tomada de posse, a sua Direcção tomou uma das decisões mais importantes da história recente do nosso Clube. Aproveitando a realização do Campeonato da Europa de Futebol de 2004 em Portugal, Manuel Vilarinho anunciava a construção de um novo estádio para o Benfica. A aprovação esmagadora da decisão em Assembleia Geral viabilizou a sua proposta, que viria a tornar-se realidade cerca de dois anos depois. Foi já muito perto do final do seu mandato que, no dia 25 de Outubro de 2003, foi inaugurada a “Nova Catedral”.
Nos três anos de presidência de Manuel Vilarinho os sucessos desportivos vieram das modalidades, sobretudo do Futsal, que na mesma época (2002/2003) conquistou Campeonato, Taça e Supertaça. O Râguebi venceu o campeonato nacinal e a Taça Ibérica. Em Hóquei em Patins somaram-se as conquistas de duas Taças de Portugal e duas Supertaças. Os Juvenis de Voleibol sagraram-se campeões nacionais e, no Atletismo, Mário Aníbal voltou a conquistar o título nacional do Decatlo, Renato Silva foi campeão nacional sub-23 e os Juvenis venceram o título nacional dos 4x100 m.

Luís Filipe Vieira 2003-Até Hoje

Foi eleito em 31 de Outubro de 2003, com 90,47% dos votos expressos. A missão era complicada, pois o Clube ainda vivia momentos difíceis, tentando recuperar da crise em que mergulhara alguns anos antes. O Sport Lisboa e Benfica tinha perdido a sua credibilidade, estatuto e, acima de tudo, dinâmica vencedora. Tomou posse em 3 de Novembro de 2003, consciente do muito trabalho que tinha pela frente.
Foi reeleito duas vezes: em 27 de Outubro de 2006, com 95% dos votos expressos, e em 3 de Julho de 2009, naquele que foi o segundo acto eleitoral mais concorrido da história do Benfica, com 90%.
Em 14 de Julho de 2006, foi agraciado com o supremo galardão do Clube, a “Águia de Ouro”.
Benfiquista desde que, pela mão dos pais, percorria meia Lisboa, do Bairro das Furnas à Luz, para ver o Benfica jogar, nasceu em Lisboa a 22 de Junho de 1949, tendo-se inscrito como associado do Clube, aos 16 anos, em 31 de Dezembro de 1965.
Desde muito cedo enveredou por uma vida profissional muito activa, marcada por uma notável visão empresarial e uma inigualável capacidade negocial. Entre 1996 e 1999 exerceu a presidência do FC Alverca, quando este emblema ribatejano foi clube satélite do “Glorioso”.
Em 25 de Maio 2001, durante a presidência de Manuel Vilarinho, foi convidado pela Benfica SAD para exercer a gestão do Futebol. A sua enérgica intervenção, conjugada com as do presidente Vilarinho e do vice-presidente Mário Dias, revelar-se-ia absolutamente crucial na histórica e arrojada tomada de decisão que levou à construção do novo Estádio da Luz. Luís Filipe Vieira viria assumir a presidência da Benfica Estádio.
O novo estádio da Luz revelar-se-ia fundamental para o desenvolvimento de toda a estratégia empresarial e desportiva ambicionada por Vieira.
Uma das marcas que fica dos seus mandatos é, sem dúvida, a alteração de mentalidades que conseguiu trazer, implementando uma estrutura profissional dentro do Clube.

Desde cedo o presidente elegeu como eixo fundamental da sua acção a recuperação do ecletismo do Clube, quer nas equipas seniores, quer na geração de novos atletas em todas as principais especialidades desportivas de maiores tradições no SLB.
Conjuntamente com a abertura do novo Estádio, foram inaugurados dois pavilhões polivalentes, a piscina, o campo sintético e salões de diversas modalidades, para fomentar a pratica desportiva e dotar o Clube de instalações condignas.
Com Luís Filipe Vieira presidente, o Benfica regressaria à conquista de títulos nacionais de futebol: Campeonato Nacional (2004/05), Taça de Portugal (2003/04), Supertaça (2005/06) e Taça da Liga (2008/09).
Já no segundo mandato, em 22 de Setembro de 2006, apenas um ano e quatro meses após o início da obra, novamente sob condução dos trabalhos a cargo do Vice-Presidente para o Património, Mário Dias, seria inaugurado o Caixa Futebol Campus, um dos mais completos centros de estágio da Europa, onde, como nas instalações dos Pavilhões, eram introduzidos novos modelos e condições que passariam a permitir a formação de jovens atletas.
Luís Filipe Vieira empreende também uma implacável cruzada a favor da reposição dos conceitos de justiça e rigor no desporto, contribuindo com a sua destemida intervenção para a denúncia e penalização de alguns comportamentos que corrompiam o futebol português.
Simultaneamente, Luís Filipe Vieira implantava muitas outras realizações inovadoras para valorizar a credibilidade negocial e o património, a marca, o universalismo e a competitividade desportiva do Sport Lisboa e Benfica. Eram lançadas massivas campanhas de angariação de associados e múltiplas acções inéditas nos domínios do marketing.
Uma das acções mais significativas, neste capítulo, passou pelo ‘Kit sócio’. Redimensionou o conceito de associativismo, mercê de uma política directamente ligada às pessoas, aos Benfiquistas. E provou-se, de formas diversas, que ser Sócio do Benfica traz muitas vantagens.

O Jornal oficial O Benfica era recuperado, o Centenário do Clube foi assinalado com a dignidade exigida, os aniversários do Benfica passaram a ser um marco devidamente destacado em cada ano, instituíram-se os galardões Cosme Damião, empreendeu-se a negociação difícil, mas determinada, que levaria a abertura do primeiro canal televisivo de um Clube em Portugal, a Benfica TV.
Este último, um projecto que representou uma ‘revolução’ no meio audiovisual português e que passou a permitir uma comunicação mais directa, mais próxima, mais eficaz  com todo o universo de adeptos benfiquistas. A inovação e a ousadia são, de resto, duas das características que acompanham os mandatos de Luís Filipe Vieira.
Lançou-se a revista Mística, realizou-se o primeiro congresso das Casas do Benfica, nos Açores, arrancou o processo de valorização e uniformização de todas as Casas do Benfica; implementou-se o voto electrónico e descentralizado; e, entre muitas outras acções inovadoras e em domínios diferenciados, era criada a Fundação Benfica.
Após uma intensa campanha, onde foi a principal figura, em termos de ideia, labor e crença, em 10 de Novembro de 2006, o SL Benfica foi certificado pelo Livro Guinness de Recordes como “Maior Clube do Mundo”.
Uma vez concluído o “ciclo construtivo”, em que o Benfica é literalmente reerguido das cinzas, no seu património e na sua credibilidade, o presidente Luís Filipe Vieira define como eixo fundamental do seu terceiro mandato a implantação de um “novo ciclo de vitórias desportivas”.

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